È bom ver passar os carros sentado num banco na paragem de autocarro. Olhar apenas os carros a passar e não sentir nada. Apenas o passar do tempo e o zumbido dos motores no túnel que fica à esquerda.
È bom nada saber de horários e locais. È bom não ser de cá. Assim, quando nos pedem informações dizemos: desculpe, mas não sou daqui!
È bom ver chegar e partir as pesssoas e ficar. Também é bom ver ficar as pessoas e partir.
È bom ouvir Sufjan Stevens – “Chicago”- enquanto as pessoas vão e vêem. È bom ter tempo.
È bom saber que podemos partir em qualquer altura ou ficar. È bom ficar. Também é bom partir.
È bom poder decidir.
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